sexta-feira, 29 de julho de 2011

NOVE LIVROS SÃO LANÇADOS EM EXPOSIÇÃO SOBRE AUGUSTO SEVERO
















































Foi realizado no último dia 28, na Galeria Newton Navarro (Fundação José Augusto), a abertura da exposição "Augusto Severo, o pioneiro da aviação". A exposição, que ficará aberta ao público até o dia 15 de agosto, das 8h às 17 horas, apresenta dados da trajetória do aviador e conta também sua história de vida. O evento é uma homenagem do Governo do Estado ao aeronauta potiguar.

Nascido em Macaíba, além de aviador, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão era político, jornalista, inventor e grande incentivador da cultura do Brasil. Foi o oitavo dos quatorze filhos do pernambucano Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão (1827-1896) e da paraibana Feliciana Maria da Silva de Albuquerque Maranhão (1832-1893), filha de Fabrício Gomes Pedroza, fundador de Macaíba.

Severo realizou seus estudos primários em Macaíba, e os secundários no Colégio Abílio César Borges, em Salvador (BA). Em 1880, viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Império, e iniciou seus estudos de engenharia na Escola Politécnica.

Criador do Pax, a configuração proposta por Severo, de um dirigível semirrígido, foi revolucionária e influenciou o desenvolvimento dos dirigíveis nas décadas seguintes. No dia 12 de maio de 1902, o inventor, juntamente com o mecânico de bordo francês Georges Saché, o Pax iniciou seu vôo às 5h30min saindo da estação de Vaugirard, Paris. Elevou-se rapidamente atingindo cerca de 400 metros. Realizou diversas evoluções que mostraram aos inúmeros espectadores que as idéias de Severo estavam corretas. Cerca de dez minutos após o início da aventura, o Paxexplodiu violentamente, projetando os dois tripulantes para o solo. Severo e Sachet morreram na queda. Os restos do dirigível caíram na Avenida du Maine, Paris, diante de uma grande multidão que seguia com interesse a demon stração. A catástrofe do Pax teve um impacto enorme no mundo.

LIVROS

Na ocasião da abertura da exposição sobre Severo, foram lançados dois livros: “Vida e Apostolado de Dom Joaquim Antônio de Almeida”, de Antônio Fagundes, e “Começo de Caminho: O Áspero Amor”, de Renard Perez.

O primeiro trata de uma biografia do primeiro bispo de Natal. É uma edição fac-similar da original publicada em 1955 (Natal - Tipografia Galhardo). A reedição é do Sebo Vermelho, numa parceria com o Instituto José Maciel. A orelha é assinada pelo médico Olímpio Maciel Neto.
Dom Joaquim de Almeida nasceu em Goianinha (1868), estudou nos seminários de Olinda e Fortaleza, celebrou sua primeira missa em Goianinha, foi reitor do Seminário de João Pessoa. Na Paraíba, se fez cônego e monsenhor sob as bênçãos de dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques. Tempos depois (1906), foi nomeado pelo Vaticano bispo de Teresina, no Piauí. Passados cinco anos, veio organizar a diocese de Natal. O seu primeiro bispo. Alberto Maranhão era o governador do Estado.
Morreu em Macaíba, em 31 de março de 1947, onde havia passado a residir depois de renuncia r o bispado (por motivos de saúde). O professor Fagundes também conta das suas missões pelos sertões de Pernambuco e da Paraíba. Junta ainda ao livro o registro da imprensa de Natal sobre a sua morte. O livro é uma excelente memória não apenas da igreja católica no Nordeste, pois transitam por ela alguns nomes referentes de nossa história política, também. Por exemplo: numa questão com o governador do Piauí, que era ateu, Dom Joaquim Almeida teve como advogado Rui Barbosa.
O segundo livro é de autoria do escritor macaibense Renard Perez, de 83 anos. Ele é filho de pai espanhol (da Gallícia) e mãe potiguar, das ribeiras do Jundiaí. Passou parte da sua infância em Fortaleza e nos meados dos anos de 1940 se mudou para o Rio de Janeiro, onde vive até hoje. Contista, seu nome está entre os melhores escritores de sua geração com alguns de seus títulos traduzidos para outros países. Além de ficção, sua obra passeia também pela crônica, jornali smo literário, pela memorialística e ensaio.
O livro “Começo de Caminho: O Áspero Amor” é o seu único romance, publicado pela primeira vez em 1967 e com o qual ganhou o Prêmio Nacional de Ficção de 1968, patrocinado pela Fundação Cultural do Distrito Federal (Brasília). Esta terceira edição, dedicada pelo autor ao povo de Macaíba, sai numa parceria do Instituto Pró-Memória de Macaíba com a Editora Sarau das Letras, de Mossoró. A capa é inspirada numa tela do artista plástico Dorian Gray Caldas. As orelhas e o resumo da trajetória literária do autor foram escritas por Valério Mesquita.

Fotos: Claudio Marques

POR RÔMULO ESTÂNRLEY

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